O Comitê Feminino do Sampapão participou da Oficina Temática de Orgânicos promovida pela AMLURB – Autoridade Municipal de Limpeza Urbana. As Oficinas pretendem estabelecer diálogos temáticos com os agentes intervenientes, para fixação de compromissos e metas compartilhados, a serem inseridas no PGIRS – Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
A Oficina reuniu representantes de grandes geradores de lixo orgânico, integrantes de Organizações não Governamentais, empresários do setor de compostagem e reciclagem de resíduos. Foram apresentados os resultados da IV Conferência Municipal do Meio Ambiente, e levantadas sugestões de como direcionar a coleta.
Ao longo das discussões a diretora Executiva do Sampapão, Vera Ruthofer levantou o fato do Município não dispor de locais para o encaminhamento dos resíduos orgânicos, o que certamente elevará os custos da coleta e destinação. “Embora as padarias sejam grandes geradores, a maior parte dos estabelecimentos são pequenos negócios e talvez não tenham condições de pagar por esse trabalho, principalmente se não tivermos opções dentro da cidade”.
Os representantes da AMLURB reconhecem que não há ainda uma estrutura de coleta e destinação, mas acreditam que ações como a introdução progressiva da coleta seletiva de orgânicos, a utilização das Centrais de Processamento e o fomento de novos negócios, são o ponto de partida, sem o qual, não será possível viabilizar totalmente o que prevê a legislação.
A diretora do Sampapão explicou como atua o Comitê Feminino e as campanhas instituídas, como a coleta de óleo de cozinha, de baterias e pilhas, além da coleta de resíduos promovida na edição desse ano da Fipan e o quanto é difícil implantar tais ações.
De acordo com a legislação da PNRS – Política Nacional de Resíduos Sólidos, todos os geradores terão que apresentar seus Planos de Gerenciamento de Resíduos até agosto de 2014. O programa da Prefeitura foi estruturado em etapas, o que gerou dúvida entre os presentes quanto ao cumprimento da legislação e a possibilidade da empresa ficar sujeita a punições.
De acordo com a Prefeitura o PGIRS de São Paulo, a ser apresentado até o final de 2013, deverá se refletir em planos regionalizados em cada subprefeitura e também nos planos de bairros previstos no Plano Diretor Estratégico da cidade. O PGIRS apostará na contribuição ambiental de cada paulistano e permitirá colocar como meta final do período o aterramento exclusivo dos rejeitos – aquilo que não é possível, de nenhuma forma, aproveitar.