Um lote com pouco mais de 12 mil balanças, sendo 9 mil computadoras e 3 mil industriais, foi destruído em uma ação ao combate à pirataria. O material, totalizando 52 toneladas, precisou de 3,5 carretas para ser transportado do Rio de Janeiro para o descarte em São José dos Campos – SP.
A destruição foi a conclusão de um longo processo. Apreendidas pela Polícia Federal, por não atenderem o que determina a legislação nacional, o lote foi levado a leilão e por pouco não foi arrematado, como acontece com uma série de produtos apreendidos, não fosse a ação contundente da ABRAPEM (Associação Brasileira dos Fabricantes de Balanças, Pesos e Medidas, Permissionários e Importadores).
O presidente da Associação, Carlos Alberto Amarante, explica que é muito comum a entrada de produtos irregulares ou falsificados que concorrem com os produtos nacionais ou importados, produzidos dentro das exigências metrológicas. Ele lembra que ao utilizar uma balança irregular ou “pirata”, o comerciante além de contribuir com a sonegação de impostos, prejudica a si mesmo e ao consumidor, que pode estar levando peso abaixo do que está sendo pago.
As balanças foram destruídas na sede da Ambipar, em São José dos Campos – SP, empresa especializada na extração de metais ferrosos e não ferrosos e encaminhamento para empresas de fundição e refino.
Para Amarante, é fundamental que o governo fiscalize com rigor a entrada de balanças e demais instrumentos metrológicos, que em muitos casos, chegam a receber selo falso do Inmetro e até a logomarca de empresas tradicionais do mercado brasileiro. “Lutamos muito por esse descarte, pois achamos um absurdo a Receita Federal leiloar máquinas que não atendem às exigências da legislação. Esse foi o motivo de termos ido até o final para conseguir que todo esse material fosse descartado”.
Carlos Amarante está à disposição para maiores detalhes sobre o tema e para explicar como agem as quadrilhas que importam balanças pirata e as colocam no mercado, principalmente através de plataformas de e-commerce.