Propiciar conforto aos usuários é apenas um dos benefícios do aquecimento solar térmico. Quando esse fator é associado à economia de recursos a tecnologia fica ainda mais atrativa. Na busca pelo duplo benefício, muitos gestores de condomínios estão investindo no aquecimento solar das piscinas.
Conselheiro de um condomínio na Mooca, bairro tradicional de São Paulo, o engenheiro eletrônico, Eduardo Henrique Marcondes, conta que após o aquecimento da piscina externa, foi preciso comprar mais esteiras, mesas e cadeiras e construir gazebos para acomodar os moradores que tinham deixado de ir à piscina e que voltaram a frequentar.
O condomínio possui seis torres com duas unidades por andar, em um total de 324 apartamentos. O complexo possui três piscinas, uma coberta, uma externa e a infantil. O sistema de aquecimento solar foi instalado para atender a coberta e a externa. “A inovação é que temos um sistema que manobra as válvulas automaticamente, conforme a programação”, explica Marcondes.
A piscina coberta era aquecida a gás e a externa não era aquecida. “Os moradores gostaram tanto do aquecimento solar que acabamos mantendo sempre priorizado o aquecimento da externa. Faz um ano que instalamos, mas com a pandemia, não usamos muito.”
Ele explica que o mais importante foi dimensionar e ajustar o local da colocação das placas para captação da energia solar. O prédio continua mantendo o sistema a gás, por enquanto, para a piscina coberta. “Colocamos o aquecimento solar para economizar, uma vez que o gás teve uma sequência de aumentos, que inviabilizou o uso.”
Ele explica que o aquecimento solar está dedicado à piscina externa. Quando esta atinge a temperatura programada o sistema inverte as válvulas e passa a aquecer a interna, ao invés de desligar. “Como a piscina externa é grande e dorme descoberta, acredito que raramente ele chegou a chavear. Só no alto verão mesmo. Mas não há dúvidas de que o aquecimento foi um sucesso.