O SIAMFESP, o Sindinstalação e o Sindigraf iniciaram um programa de palestras conjuntas, com objetivo de fortalecer o papel das entidades junto a seus públicos de interesse. No último dia 16 de agosto na sede do Sindigraf, o bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade São Francisco, Vicente Sevilha Junior abordou o tema Bloco K.
Na abertura do evento o coordenador de Relações com o Mercado do Sindigraf, Rogerio Camilo, destacou o momento emblemático da reunião dos três Sindicatos. “Essa parceria fortalece as entidades que conseguem trazer bons palestrantes. Sozinho é sempre mais difícil.”
A Coordenadora de Comunicação do SIAMFESP, Wilmara Nunes, convidou os presentes para o próximo evento, que acontecerá no Sindicato e reforçou a importância das entidades unirem forças, principalmente diante do momento conturbado vivido pelo país.
O diretor Executivo do Sindinstalação, José Antonio Bissesto lembrou que é momento de conscientização entre os Sindicatos patronais. É preciso unir esforços. “Temos interesse em apoiar as Reformas, mas precisamos também avançar e unir as empresas em busca de qualificação e expertise. Esse é o nosso objetivo diante da realização desses eventos.”
Antes do início das palestras algumas empresas parceiras apresentaram produtos e serviços desenvolvidos especialmente para atender ao público dos Sindicatos. A proposta é agregar valor e gerar benefícios aos associados.
Bloco K
Segundo o palestrante Vicente Sevilha Junior o bloco K é um assunto que vem sendo prorrogado várias vezes e ainda há um longo tempo até a implementação completa. “O bloco K é uma obrigação muito ampla, ele tem muitas informações e um detalhamento enorme da produtividade.”
Para o especialista o bloco K acaba atuando como um instrumento de gestão. “Com um olhar mais otimista dá para pensar nele como instrumento para as empresas melhorarem sua produtividade.” Ele explica que em 2017 entrará em vigor a primeira etapa do bloco K que é mais de controle do estoque e não da produção, que é a parte mais sensível.
Sevilha explica que o bloco K não inova no sentido da necessidade de controlar estoque, que é uma necessidade de qualquer empresa. “O estoque é mutante, quando você compra caneta e vende caneta, o controle é relativamente mais fácil. Quando compra insumos e vende caneta esse acompanhamento envolve um monte de detalhes que a maioria das empresas não têm. Hoje em dia, independente da obrigação do bloco K essa é uma questão sensível para todas as indústrias.”
O bloco K deverá obrigar todos os estabelecimentos a repensarem os seus esforços de controle de produção. Quando se controla melhor a produção a produtividade melhora e diminuem-se as perdas, afirma. “Então isso tem um lado positivo, embora alguns empresários afirmem que o controle dessas perdas gera mais custo, sendo preferível conviver com ela. Mas a boa notícia é que o bloco K tem flexibilidade. Com um pouquinho de cuidado é possível concentrar o controle naquilo que é mais relevante.”
Na opinião do palestrante a questão mais delicada é a cultura da empresa na geração da informação necessária para ser colocada no bloco K. “Algumas empresas têm uma cultura de controle de estoque incompleto, que não se encaixa na exigência. Esse talvez seja o grande embate. É preciso que as empresas comecem desde já a repensar os seus processos e a cultura de controle de estoque para que estejam completamente prontas para o momento da implantação total.